A lenda do Cão Demônio da Inglaterra. Ilustração: signo.net.br
A lenda do Cão Demônio da Inglaterra é uma das histórias mais assustadoras do folclore britânico, inspirando contos e obras de mistério e terror, como o famoso O Cão dos Baskerville, de Arthur Conan Doyle.
A Origem da Lenda
Acredita-se que a história remonta à Idade Média, especialmente na região de East Anglia. O “Cão Negro“, ou “Black Shuck” (como é chamado), é descrito como uma criatura imensa, do tamanho de um bezerro ou maior, com olhos vermelhos brilhantes como brasas e um uivo arrepiante. Ele supostamente aparece em noites de tempestade, em áreas rurais, cemitérios, estradas isoladas ou igrejas, trazendo mau presságio.
O Ataque em Blythburgh
Um dos relatos mais famosos ocorreu em 1577, na igreja da vila de Blythburgh, Suffolk. Durante uma tempestade, acredita-se que o Black Shuck invadiu a igreja, matando dois fiéis e deixando marcas de arranhões na porta, que podem ser vistas até hoje. No mesmo dia, ele teria aparecido na igreja de Bungay, outra vila próxima, causando pânico e destruição.
Significado Simbólico
Embora muitos considerem o Cão Demônio apenas uma lenda, ele também é visto como um presságio de morte. Dizem que quem cruza seu caminho pode esperar desgraças ou até mesmo a própria morte. Porém, em algumas versões do folclore, o Black Shuck é um protetor de viajantes solitários, desafiando a visão puramente demoníaca.
Impacto Cultural
A figura do Cão Demônio da Inglaterra se tornou parte integral do imaginário britânico, sendo mencionada em livros, músicas e programas de TV. As marcas deixadas pelo Black Shuck em igrejas e os relatos de testemunhas ao longo dos séculos continuam a alimentar a aura de mistério em torno dessa criatura sobrenatural.
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