A vida moderna nos arranca um pouco mais, a cada dia, do contato com nossa essência, com nosso “ser interior” e nos remete a um estado de desequilíbrio.
O yoga é uma prática que nos ensina, acima de tudo, a disciplina, o foco, a concentração. E esse tripé nos leva naturalmente ao equilíbrio. A disciplina que o yoga ensina ultrapassa as posturas tradicionais que, no mundo moderno, muitas vezes são utilizadas como simples exercícios para manter um corpo atual, bonito e de acordo com as normas narcisistas de beleza. A prática do yoga não se limita aos exercícios físicos e às famosas posturas, os ásanas. Praticar yoga é muito mais do que conseguir fazer malabarismos com o próprio corpo.
A palavra Yoga, em sânscrito, quer dizer união. É um conceito, uma filosofia, que une corpo, mente e espírito e, através de sua prática (que não é só a parte física), podemos entrar em contato com o mais profundo de nosso ser. Seu objetivo é, através de sua disciplina, o desenvolvimento equilibrado do corpo, mente e espírito.
Esse equilíbrio é conquistado com tempo e disciplina. O resultado, que chega rapidamente, é uma boa saúde, com alívio de doenças respiratórias e dores no corpo, perda de peso, equilíbrio da pressão arterial, alívio de problemas psíquicos, como o pânico e a depressão, melhora e equilíbrio do corpo físico e da postura. A prática também reforça e melhora a autoestima, aumenta a concentração e a memória, alivia o estresse, proporciona paz interior e, além de tudo isso, nos coloca em contato com o sagrado dentro de nós.
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E como podemos encontrar esse equilíbrio? Tenha mais qualidade de vida por meio de 5 lições do yoga:
1. Posturas (Ásanas)
Ásana é uma palavra sânscrita, que significa “postura confortável”. Os ásanas foram desenvolvidos na Índia e seu objetivo principal é equilibrar o corpo físico, o mental e o espiritual. O ásana, quando é bem praticado, desenvolve o ser completo, pois exige atenção e consciência. Sua prática regular nos traz harmonia e equilíbrio físico e mental e nos coloca em contato com nosso mundo espiritual. Sua prática flexibiliza as articulações do corpo, massageia os órgãos internos, equilibra o sistema endócrino, harmonizam o funcionamento dos sistemas respiratório, circulatório, digestivo e nervoso. Equilibra a livre circulação do prana (energia vital).
2. Respiração (h3)
Nosso corpo tem duas funções principais: o movimento e a respiração. Quando a respiração é superficial e, na maioria das vezes ela é, pelo estresse e conflitos que vivemos diariamente, diminuímos a sensação do corpo e das emoções. Quando respiramos profundamente, nos enchemos de vida e nos movimentamos com mais graça e liberdade. Quando temos mais oxigênio em nossos organismos, somos dinâmicos, brilhamos com a vida. O yoga nos ensina a respirar plena e profundamente. Por meio de técnicas específicas, aprendemos a limpar os canais (nádis) por onde passa nossa energia vital.
3. Meditação
A meditação se torna cada vez mais popular. O propósito principal da meditação é acalmar e apaziguar a nossa mente. Quando nossa mente está em paz, ficamos livres de preocupações e do desconforto mental. Os pensamentos repetitivos e as preocupações com os problemas cotidianos, são compreendidos de outra maneira, e a felicidade se torna um estado permanente do ser. Nossa compreensão de nós mesmos e do mundo se transforma e, em poucos meses de prática, começamos a conquistar um estado de equilíbrio.
4. Alimentação
Dificilmente conseguimos conquistar o equilíbrio físico, mental e espiritual mantendo uma alimentação pesada, pouco limpa. Não podemos sobrecarregar nosso organismo com o que ingerimos. Quando começamos a praticar yoga, nosso organismo, naturalmente, começa a rejeitar certos alimentos. Alimentos gordurosos, por exemplo, não são necessários à manutenção de nosso organismo. O que comemos não só influencia nosso bem-estar físico, como nossas emoções e pensamentos. O yoga classifica os alimentos em 3 tipos:
a. Alimentos sáttvicos, que purificam o corpo e acalmam a mente: são alimentos naturais e frescos, como frutas e verduras e legumes crus ou cozidos no vapor.
b. Alimentos rajásicos, que estimulam à ação: são alimentos estimulantes, como café, chá preto e pimentas.
c. Alimentos tamásicos, que enfraquecem a mente, trazem confusão e desorientação: são alimentos processados, carnes, fungos, óleos e álcool.
Quando começamos a prática do yoga, naturalmente nosso corpo buscará um estado de equilíbrio, através da necessidade de alimentos que ajudarão no estado de equilíbrio.
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5. Ética (Yamas)
A prática diária da ética do yoga nos proporciona bem-estar espiritual e a abertura para o caminho de uma vida limpa e equilibrada emocionalmente. Essa ética, no yoga, é dividida em cinco práticas:
a. Ahimsa ou não violência: difundida pela postura de Gandhi, que não usou armas em sua revolução.
b. Satya: a prática da verdade
c. Asteya ou não roubar: não se atém a roubos materiais, mas também emocionais e espirituais.
d. Brahmacharya: mover-se na direção de Deus, encontrar o sagrado dentro de si, nobreza, grandeza de alma.
e. Aparigraha: evitar o consumismo, aprender a viver com o que for necessário, isenção da voracidade de possuir, não acumular.
Em sânscrito, encontramos as designações Kâma, que significa desejo, e Manas, que significa mente. Kâma deve ser submetido e conquistado por Manas, pois Manas é o órgão de livre arbítrio do homem. De Manas vem o sentimento de liberdade, o conhecimento que pode nos governar. A natureza superior governa a inferior.
Quando sentimo a vida como um campo de batalhas, encontramos Kâma em constante combate com Manas. Kâma muitas vezes funciona como elemento enganador e Manas é ligado à Mente Universal, porém Kâma é que nos leva ao conhecimento do amor.
Primeiro se manifesta como desejo, paixão, e é por isso que não se deve reprimir Kâma, mas apenas controlar. Se reprimirmos Kâma, secaremos e endureceremos nosso coração. É a partir do conhecimento e domínio de Kâma que podemos chegar ao nosso coração.